BUSCAPÉ
domingo, 12 de maio de 2013
3. PERDOE A SI, AOS OUTROS E À VIDA
Perdoe a todos. Melhor ainda, perceba que todos somos falíveis. Todos vamos sendo condicionados pela vida. Vamos construíndo um modelo de atuação no mundo e, com isso em mente, vamos esculpindo a nossa personalidade. A nossa personalidade vai sendo edificada através de alguns traços e características que se vão enraizando de acordo com as nossas crenças, que influenciam a história de vida de cada um de nós. E, por vezes essa história de vida não é a que mais desejávamos ter tido, assim como a história de vida de outros pode interferir negativamente na nossa. Na verdade, não temos de aceitar passivamente todos os erros, falhas, fracassos ou más ações que fazemos ou que os outros nos infligem a nós, de todo. No entanto, podemos esforçar-nos para minimizar as nossas próprias sabotagens, assim como os danos causados pelos outros, não nos vitimizando. E isso é exatamente aquilo que está sobre o nosso controle. Não instituirmos uma mentalidade de vítima.
É importante ficarmos cientes que não temos de sair prejudicados por nós mesmos, pelos outros, ou pela vida. Mas, quando a perda, o dano, ou os problemas se fazem sentir, podemos acionar o nosso entendimento, do quão todos nós por vezes agimos de acordo com as nossas circunstâncias de vida, e com essa ideia em mente, aceitar e perdoar. Não temos que gostar, não temos que carregar a vida dos outros às costas, ou até mesmo viver à sombra do nosso passado menos bem conseguido. Podemos esforçar-nos para enquadrar, entender, e perceber que devido a determinadas circunstâncias algumas coisas tinham de acontecer, tal como aconteceram. É a vida a manifestar-se.
Acresce ainda o fato da vida por vezes se impor com toda a tua brutalidade, com toda a sua natureza incerta. A vida por vezes manifesta-se e prejudica-nos, inflige-nos perdas. Esse impacto arrebatador pode deixar-nos indignados com a própria vida, e levar-nos a um caminho de ressentimento crónico. Para que isso não aconteça, importa acionar o entendimento, aceitar e perdoar, para que o amor possa voltar a sentir-se no coração e a paz nos acompanhe no dia a dia.
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