Quando nos ligamos a alguém de forma significativa ou a algo, como uma causa, um objetivo que nos move, ou até mesmo um sonho distante no qual depositamos as nossas esperanças, investimos e damos muito de nós mesmos. E, por essa mesma razão mantemo-nos firmes nesse caminho, o caminho do qual também retiramos retorno positivo na forma de bem-estar, felicidade e realização pessoal. Mas, como tudo na vida muda, e por vezes termina, também o alvo da nossa dedicação, entusiasmo e amor pode terminar ou mudar. Na grande maioria das vezes, quando um relacionamento do qual gostamos termina, quando o nosso objetivo não chega a bom porto, ou ficamos desiludidos e dececionados, podemos ser impelidos ao arrependimento. E o arrependimento é um sentimento que no seu extremo pode manchar o nosso passado, os bons momentos vividos, pode denegrir o esforço que fizemos, os ideais pelos quais vivemos, conduzindo-nos à amargura e rancor. Este tipo de sentimentos negativos e depreciativos, nada de bom nos acrescentam, pelo contrário, acizenta-nos, endurece-nos, angustia-nos e podem impedir que caminhemos de bem com a nossa vida.
Por tudo isto, se sentir arrependimento, analise melhor a sua situação de vida passada. Tente entender as razões às quais se dedicou e investiu o seu tempo. Que valores pessoais suportaram as suas decisões e caminhos. Certamente as suas escolhas, dizem muito de você mesmo. E , quando somos honestos connosco mesmo, quando nos movimentamos pelos nossos interesses genuínos, estamos a fazer o que tem de ser feito. Os resultados, em determinado grau estão fora do nosso controle. Não podemos, nem devemos controlar os comportamentos, as escolhas ou as decisões dos outros. E os nossos comportamentos, atitudes e decisões, apesar de podermos mudar para melhor, nada serve arrependermo-nos. O que nos serve é perspetivarmos um caminho que não nos conduza ao mesmo resultado, mas sim a um que nos sirva.
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