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terça-feira, 30 de abril de 2013

O QUE É ENTÃO ESTA PRÁTICA PRECIOSA?


Quando se usa o termo mindfulness ou atenção plena, referimo-nos à realidade do momento presente, uma consciência sem julgamento ou crítica. Este termo, deriva das tradições budistas, refere-se à capacidade de prestar atenção no momento presente para qualquer estímulo que nos chegue à consciência, internamente ou externamente, sem ficarmos emaranhados ou “presos” julgando ou criticando. Quando se usa a mindfulness na psicoterapia, na maioria das vezes está-se particularmente focado na consciência plena dos sentimentos internos, sem estar apegado aos valores pessoais ou a tentar banir as dores emocionais. Para mim, esta aplicação da mindfulness é terapêutica porque ajuda a promover a aceitação das experiências internas e diminui o evitamento. Ou seja, toda e qualquer experiência interna, como sensações corporais, emoções, sentimentos, pensamentos, independentemente de os consideramos positivos ou negativos, “bons” ou “maus”, são nossos. O ser humano está geneticamente preparado para sentir um espectro alargado de estímulos através dos seus sentidos, não devendo por isso ignorá-los.

O facto de em algumas alturas da nossa vida querermos evitar algumas experiências, ou evitar experiências internas como as já descritas, pode promover ou prepetuar uma variedade de problemas psicológicos. A aceitação através da prática da mindfulness pode servir para diminuir esses problemas. A aceitação, não se trata de ter de aceitar as coisas que lhe estão a acontecer na vida e resignar-se. Não é isso que se pretende, nem é essa forma de aceitação que me estou a referir.

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