Falta que faz é a falta que desfaz em um vazio onde não sei que momento te perdi, olhei no espelho tentei te encontrar no momento mas só avistei uma lembrança vaga de quem você já foi. Se iniciou uma jornada longa, difícil e profunda dentro no mim mesmo!
Para que consiga seguir em frente e fazer do nosso mundo um lugar melhor.
É a vida, simples que complicamos!
Reflexões e opiniões.
BUSCAPÉ
sexta-feira, 28 de abril de 2017
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
5 PASSOS PARA LIDAR SAUDAVELMENTE COM AS EMOÇÕES INCÓMODAS
Todos nós, de tempos em tempos, lidamos com emoções que nos fazem sentir mal. A vida manifesta-se em nós através das emoções. Somos seres sensíveis e estamos programados para sentir o mundo através de sensações, nem sempre agradáveis. Mas como lidar saudavelmente com as emoções que nos retiram energia, que nos botam para baixo, que nos prejudicam o sono e fazem disparar a ansiedade e a desesperança? Acredito que a resposta esteja na procura de autoconhecimento através da autoconsciencialização.
O poema que se segue é representativo da atribulação emocional que muitos de nós somos alvo ao longo da vida.
EMOÇÕES INCÓMODAS
Emoções negativas, sensações dolorosas, sentimentos pejorativos, sintomas incómodos,
Sou o seu alvo predileto,
Sou responsável e altamente funcional no meu trabalho,
Mas lá vêm as emoções, angústia, decepção, frustração,
Perturbações no sono, cansaço crónico,
Tornam-me reativo, agressivo, tornam-me excessivamente preocupado,
humor depressivo, baixa autoestima,
Perco a minha autonomia, revolto-me, sinto-me esmagado por tudo o que sinto,
O que se passa comigo, o que as minhas emoções me estão fazendo?
Sinto que me corroem por dentro,
Sou eficaz e eficiente nas tarefas que realizo, conheço-as, controlo-as, sou bem sucedido,
Mas quando as emoções avassaladoras me invadem, perco o controle, como se fosse possuído por algo que desconheço,
Estou confuso, aumento a minha tensão, sinto-me atormentado, perdido,
Descarrego nos outros, torno-me insensível aos outros,
Por momentos sinto-me autista, as minhas dores vão-me alienando do mundo,
Sofro por antecipação, estou sempre à espreita do que lá vem, do que pode vir, sinto-me frustrado pelo que não vem,
O que se passa comigo?
A minha cabeça não tem descanso, rumina, escrutina, remexe no passado, alarma-se com o futuro,
As minhas emoções estão gritando, não as consigo proteger e elas ferem-me a alma,
Vivo a reboque dos meus sentimentos incómodos,
Sou alvo incessante dos meus pensamentos negativos,
Sou vitima constante da experiência do meu corpo,
Um corpo em que vivo à anos, que desconheço, desconheço-me,
O que se passa em mim, o que se passa comigo, o que vive comigo?
O que está tomando a minha vida de assalto,
Aprendi a ler, escrever, os sinais de trânsito, conduzo, percebo de tantas coisas,
E de mim?
O meu desconhecimento acerca de mim mesmo tomou-me invadiu-me, sequestrou-me e leva-me a fazer coisas que me prejudicam,
Eu assisto, grito de dor, vou sofrendo, revolto-me comigo, com os outros e com o mundo, tudo parece estar mal,
Pareço não me conhecer, não me controlar, não me orientar,
Falo para mim, mas não me oiço,
Obrigo-me a fazer coisas, mas não as realizo,
Prometo, comprometo-me a mudar, fracasso,
Fico desiludido, iludido, e sofro,
Um sofrimento imenso por desconhecimento de mim mesmo,
Uma vida a aprender, não aprendi a lidar comigo mesmo,
Indigno-me, informação e mais informação para ser bem sucedido profissionalmente e sou um caos emocional,
O que falhou?
Conhecer a condição humana, saber aceitar os meus impulsos, ser assertivo, resiliente, lidar com a frustração, acalmar-me, regular os meus estados internos, solucionar os meus conflitos, saber falar comigo e para mim, compreender e orientar os meus pensamentos, aceitar as perdas, os incómodos, os outros, as opiniões dos outros, saber respeitar, dar-se ao respeito, saber os meus limites, as minhas faltas, para que servem as emoções, como se manifestam no corpo, como elas influenciam o que penso, a forma como atuo.
Tanta coisa que aprendi e esqueci, outras tantas que não me ensinaram e tanta falta me fazem,
Aprender o que sou, quem é este Homo sapiens, o que o define, o que o move, como se manifesta, como se protege, porque se torna agressivo,
Tantas coisas para aprender, tantas coisas que poderia ter aprendido acerca deste maravilhoso ser,
Ser humano, o que é?
Conhecer-se a si mesmo é ser humano.- Miguel Lucas
PASSO 1 – RECONHECER
O primeiro passo é reconhecer a sua emoção, isto pode parecer ambíguo, mas basicamente o que eu estou querendo dizer é que você deve esforçar-se para tomar consciência de que ouve uma alteração do seu estado de ser, e que isso desencadeou uma reação emocional na forma de comportamento físico ou verbal. Por exemplo, se você vai a dirigir o seu carro e alguém faz uma manobra perigosa em que você foi forçado a frenar, provavelmente começará a gritar e a dizer alguns palavrões. Ficar ciente desse comportamento, é uma forma de identificar a sua raiva ou irritabilidade.
PASSO 2 – DESCREVA A SUA EMOÇÃO
O segundo passo é descrever a sua emoção. Não basta reconhecê-la através dos seus comportamentos e atitudes, importa também descrevê-la. Para que isso possa ser realizado de forma saudável, tente não utilizar adjetivos, mas sim descrever de forma específica o que está a sentir no seu corpo ou como se sentiu relativamente à pessoa envolvida. Pegando no exemplo anterior, você poderia dizer algo do género: “Fiquei com o coração a sair pela boca, sinto como se o meu corpo ficasse carregado de energia e apetece-me gritar.” A seguir provavelmente você já conseguiria observar os seus pensamentos, e de que forma o comportamento alheio ia contra os seus valores. Poderia prosseguir com o discurso: Algumas pessoas não respeitam a prioridade dos outros, nem se interessam pela sua segurança, só olham para os seus interesses.” Ou você poderia preferir relativizar e dizer: “Provavelmente teve um dia terrível, estava a pensar em outro assunto e tomou uma má decisão. Não vale a pena reagir agressivamente, porque também eu por vezes falho.”
PASSO 3 – NÃO RESISTA ÀS SUAS EMOÇÕES INCÓMODAS
O terceiro passo é não resistir às suas emoções. Inevitavelmente aquilo em que focamos a nossa atenção expande-se. E, isso é igualmente viável para todos os nossos sentimentos e sofrimento emocional. Claro que tudo aquilo que você mais quer é ver-se livre do seu mal-estar, eventualmente dizendo: “Eu não me quero sentir assim.” O que acontece é que apenas por ação da vontade nós não conseguimos mudar de estado. Conseguimos mudar sim, mas temos de implementar estratégias de mudança de foco da atenção e de orientação de pensamentos e ações. Então, quando você não aceita os seus sentimentos negativos e sensações corporais incómodas, aciona o processo de foco sobre o seu estado de mal-estar, aumentando ainda mais a sua dor emocional.
Você tem de entender que as emoções negativas e pensamentos negativos expressam-se em nós, fazem parte de nós. Não resistir-lhes é uma benção que permite aceitá-los. Ao aceitar você fica numa posição para lidar de forma mais eficaz com todo o seu incómodo, dando-lhe disponibilidade mental para dirigir o foco para estratégias que contribuam para melhorar o seu estado atual.PASSO 4 – OBSERVE A SUA EXPERIÊNCIA
O objetivo de aceitarmos e desapegarmo-nos dos nossos pensamentos e sentimentos é tornarmo-nos mais conscientes das nossas próprias experiências. Simplificando, é estar consciente da nossa experiência presente sem julgamento (atenção plena). Não quer dizer que não possamos posteriormente avaliar se os pensamentos e sentimentos nos servem ou não. Devemos fazê-lo numa fase posterior, mas levando dois pontos em consideração:
- Não podemos deixar de sentir determinados sentimentos que se manifestam no nosso corpo, nem podemos evitar que determinados pensamentos nos surjam na mente.
- Nós não somos os nossos sentimentos nem pensamentos, pelo que devem ser filtrados pela nossa consciência para que não julguemos que somos tudo o que sentimos ou pensamos.
Assim, quando a nossa mente produz pensamentos que são angustiante para nós, numa primeira fase deveremos apenas observá-los. Não devemos acrescentar mais nada a esses pensamentos ou julgá-los de qualquer forma. Devemos fazer como se fossem automóveis a passar à nossa porta de casa.
Seguindo o exemplo anterior: Se na minha mente disparasse o pensamento: “O que está errado comigo? Tudo está bem na minha vida e eu ainda me sinto deprimido. Eu sou um perdedor.” Eu poderia continuar a elaborar algumas das seguintes respostas:
- “Eu não deveria ter esse pensamento. Não é bom para mim.”
- “Eu realmente sou um perdedor”.
- “Eu odeio quando eu acho estas coisas acerca de mim!”
Mas esses pensamentos são disparados porque eu estaria a resistir à ideia inicial. Os meus esforços para me livrar do pensamento doloroso e emoções negativas associadas só iriam resultar em mais dor. Então, em vez de todo este processo de raciocínio destrutivo, se eu tivesse apenas observado o meu pensamento e emoção, sem juízos, eu diria a mim mesmo: “Ah, estou a ter um pensamento que me alerta que algo pode estar errado comigo. Eu não sou este pensamento. Eu não vou seguir este pensamento. Vou focar-me nas coisas que tenho que fazer hoje.”
E é isto. Numa primeira fase observe a sua experiência interna (pensamentos e sentimentos) sem julgamento e sem críticas. Não lute com aquilo que sente no seu corpo ou que lhe aparece na mente, não tente evitar essa experiência. Permita-se apenas a observá-los como se fossem um automóvel a passar à porta de sua casa. E se é um pensamento que passa na sua cabeça, você pode deixá-lo ir, tal como deixa ir o automóvel que passa à sua porta.
PASSO 5 – AUTOINSTRUÇÕES DE ORIENTAÇÃO DAS AÇÕES
O passo 5 é usar as autoinstruções para guiar as suas ações. As autoinstruções estão ligadas à indução de estados internos que desejamos sentir ou que pretendemos acionar. No treino da autoinstrução, os pensamentos são traduzidos em verbalizações silenciosas, induzem as sugestões de sensações e imagens corporais. Como o nome indica, a metodologia de autoinstrução implica que a pessoa fale consigo própria para se convencer a agir e, depois para guiar a sua ação, usualmente dirigida a um objetivo, como confrontar um sintoma, como por exemplo quando sofre de ansiedade, resolver um problema perturbador, ou alterar um estado de humor.
A autoinstrução motiva a ação e informa sobre o que fazer, especialmente em situações tensas e confusas. Nesta perspetiva os métodos de autoinstrução são igualmente de autosugestão. A autoinstrução é considerada uma aptidão de confronto. Permite mobilizar-nos ativamente contra os sintomas incapacitantes e problemas de descontrole emocional. Ou seja, a autoinstrução é dirigida para fins diretos e quase sempre concretos, que requerem controlo cognitivo, emocional e/ou comportamental.
Em situações de ações impulsivas, agressivas ou fora do nosso controle deliberado, para reverter e/ou inibir este processo, dever-se-á controlar os comportamentos inadequados, que consiste essencialmente num processo de modelagem de ações apropriadas, autoinstruídas explicitamente pela própria pessoa. Por exemplo, no treino para pensar antes de agir, enquanto executa a tarefa ou se expõe à situação problemática, deverá verbalizar em voz silenciosa para si próprio as autoinstruções de aprendizagem e controle seguindo uma ordem preestabelecida:
Técnicas a praticar:
- Definição do problema ou preparação para a situação (“que tenho de fazer?”; “qual deve ser a minha atitude?”)
- Orientação e reforço da atenção (“tenho de me lembrar…”; “tenho de pensar com cuidado e estar atento…”; “não me posso distrair…”; “devo prosseguir devagar e tentar estar relaxado…”; “se visualizar o que pretendo, será mais fácil de conseguir…”)
- Autoreforço ou incentivo (“bom, até aqui tudo bem…”; Sou mesmo capaz de me controlar…”; “Sou capaz de dirigir a atenção para os pensamentos que imagino serem-me úteis…”)
- Autoavaliação e autocorreção (“estarei a fazer bem?”; “se errar posso sempre tentar de novo…”; vou falando aquilo que acho e vejo como me sinto…”)
Abraço,
Miguel Lucas
Link:http://www.escolapsicologia.com/5-passos-para-lidar-saudavelmente-com-as-emocoes-incomodas/
terça-feira, 20 de outubro de 2015
VOCÊ É O PRINCIPAL CRIADOR DA SUA REALIDADE!
Às vezes é difícil ver o lado positivo da vida quando você se sente decepcionado ou quando um acontecimento o deixa profundamente abatido e a sentir-se desesperançado. Você quer sentir-se otimista, mas simplesmente não consegue ver como a vida poderia mudar ou o que poderia tornar as coisas melhores. Este é um momento perfeito para deixar perceber que você é o principal criador da sua vida. A ideia de ser o criador da sua vida, é você aceitar onde está no momento presente, mas também dar-lhe uma abertura para reconhecer que as coisas sempre mudam e que você pode contribuir muito para alcançar o que deseja.
Com o tempo, você entende o conceito: “Tudo muda a todo o momento, mas você é o principal criador da sua vida“. Ou seja, qualquer situação menos boa que você enfrente, certamente irá sentir tristeza, mas como você sabe que tudo isso não é permanente, abre espaço para aceitar a sua tristeza e igualmente o estado ou situação em que se encontra. Você permite a si mesmo ficar triste sem drama, porque sabe que não vai ficar preso nesse lugar menos bom. Ao tomar consciência que você é o criador da sua vida, abre uma porta para a esperança de que poderá partir para um novo desafio quando se sentir pronto.
Enquanto conversava com o meu cliente, ele começou a assimilar a ideia da mudança e de ser o criador da sua vida, ao poucos sentiu-se aliviado e, na verdade, um pouco mais feliz. Reconhecendo que a sua vida mudaria novamente, permitiu-lhe sentir esperança e perceber que não estava condenado a ficar preso na sua tristeza. Com o tempo, e com mais algumas sessões de terapia, ele viu que existiam muitos caminhos que poderiam levá-lo a um novo lugar. Talvez ele encontre uma relação duradoura. Talvez ele consiga criar uma nova oportunidade para o seu negócio.
Então, hoje, se você está a sentir-se triste ou ansioso com alguma coisa, perceba o que mudou, mas igualmente o que você pode mudar e criar para ajudá-lo a sentir-se melhor. Basta aceitar que tudo muda a todo o momento, mas que você é o principal criador daquilo que quer mudar para melhor. Esta ideia abre a sua mente para novas possibilidades. Não importa quão pequena a abertura seja, ao longo do tempo talvez isso vá iluminar o seu caminho para a esperança e para todas as possibilidades que a vida pode oferecer.
Leia mais.“A mudança é inevitável, mas você é o principal criador das suas mudanças futuras.”
http://www.escolapsicologia.com/como-posso-ser-mais-positivo-na-minha-vida/
terça-feira, 7 de julho de 2015
USE A MINDFULNESS PARA MELHORAR O SEU ESTADO DE ESPÍRITO
A Mindfulness é uma prática central na meditação budista, ao mesmo tempo, sendo encontrado em uma série de tradições filosóficas e espirituais na Europa. Alguns acreditam que isso acontece porque mindfulness é uma capacidade inerente a todo o ser humano. A atual noção psicológica ocidental da mindfulness é definido pelo Dr. Jon Kabat-Zinn, como sendo a habilidade de trazer intencionalmente a consciência para a experiência presente, momento a momento, com uma atitude de abertura e aceitação. Simplificando, é viver no aqui e agora. A prática da mindfulness tornou-se de extrema importância na área da psicologia, sendo incluída em algumas abordagens terapêuticas, como aquela que pratico, de nome: Terapia da Aceitação e Compromisso (ACT em Inglês). É uma intervenção de curto prazo que pode ser utilizado na psicoterapia. Esta terapia combina os princípios da Atenção Plena (Mindfulness) com técnicas de motivação e mudança de comportamento. Esta terapia psicológica pode ajudá-lo a sair de ciclos de pensamento negativo, aceitar o que você não pode controlar, parar de fugir da dor, e ser mais capaz de tolerar o risco, a falha e a incerteza para colher os frutos de uma vida significativa.
O QUE É A MINDFULNESS E COMO PRATICAR?
Mindfulness pode ser considerado uma prática onde expressamos uma consciência compassiva conosco e com os outros, aceitando as nossas experiências de vida, as internas e as externas. Praticar mindfulness é uma forma de sintonizar-se com a nossa experiência de forma abrangente, usando todos os sentidos. Por exemplo, na prática de caminhar atento, comece por perceber qual a sensação que obtém quando observa o seu corpo numa posição ereta. Observe se você está igualmente equilibrado em ambos os pés, ou se sente alguma dor ou formigamento nas pernas, costas ou ombros. Sinta os pés nos seus sapatos ou as mãos ao lado do seu corpo. Na posição de parado, mude o seu peso de um pé para outro, como se fosse começar a caminhar. Você pode dizer para si mesmo: “Elevação, movimentação e colocação“, à medida que vai movendo o seu pé para a frente e dar um passo. Desacelere a velocidade dos movimentos de modo que você possa sentir cada movimento individualmente.
Durante este processo, aceite sem julgamento quaisquer pensamentos ou sentimentos que surgirem. Você pode sentir-se entediado, especialmente quando compara o ritmo da caminhada com aquele que usualmente você se move. Pensamentos como: “Que perda de tempo!” podem surgir, ou talvez você comece a planejar o que fazer a seguir. Observe esses pensamentos, e coloque a sua atenção de volta para as sensações do corpo, elevação, movimentação e colocação dos seus pés. Tente adotar uma “mentalidade de principiante” ou uma nova perspectiva sobre a experiência de caminhar. Imagine que está tomando os seus primeiros passos como uma criança ou como se tivesse acabado de cicatrizar de uma perna quebrada. Talvez note o cheiro do ar ou a sensação de temperatura em seus braços e face, se isso acontecer, observe essa experiência por breves momentos e retorne a sua atenção para a sensação de caminhar. Assim você treina a capacidade de voltar a sua atenção consciente para onde deseja que ela se mantenha.
Como caminhar dessa maneira diferente difere da maneira em que você geralmente caminha? Abrandar e sintonizar-se com o seu corpo e mente pode ser uma experiência profundamente restauradora. Observe como se sente ao trazer todo o seu ser e essência para o momento presente, e fique consciente disso. Provavelmente já experimentou momentos como este, por exemplo, quando você está completamente conectado com o seu filho, quando fala com um amigo, quando desfruta completamente de uma refeição, ou lê um livro. Quando abrandar e usar todos os seus sentidos para entrar em sintonia com o momento presente, você poderá abrir-se para novas formas de sentir e pensar.
Por Miguel Lucas em Saúde e Bem-Estar
“Entre o estímulo e a resposta, existe um espaço. Nesse espaço está a nossa liberdade e poder de escolher a nossa resposta. Na nossa resposta reside o nosso crescimento e liberdade.” – Victor Frankl
sábado, 21 de março de 2015
VOCÊ QUER DAR UM EMPURRÃO NA SUA VIDA?
A vida nem sempre avança de acordo com aquilo que pretendemos. Muitos podem ser os acontecimentos que nos mandam abaixo, que nos deprimem ou nos deixam ansiosos e com isso instalar-se a desesperança. Quero dizer-lhe que se você está a passar por momentos difíceis, e o sofrimento emocional tem vindo a ser uma constante, o alívio é possível. Ainda que nem todo o abatimento possa ser suprimido, se conseguirmos manter uma atitude positiva e uma perspectiva otimista, por certo, o alívio será maior. A nossa vida é suportada pelos nossos pensamentos. A forma como organizamos o nosso raciocínio influencia fortemente a forma como agimos e as ações que tomamos na nossa vida. É como base nesta ideia que apresento alguns conceitos a ter em consideração na hora de você necessitar de dar um empurrão na sua vida.
LEMBRE-SE DA SUA FORÇA
Quando você está a sentir-se para baixo, perceba a relação que existe com os acontecimentos da sua vida, certamente tem uma razão de ser. O que esse abatimento diz acerca daquilo que você valoriza, das suas expectativas, daquilo a que dá significado, das suas necessidades e frustrações? Aceda a esse conhecimento acerca de si mesmo e da sua situação de vida. Entenda que você não é o seu abatimento, que ele se faz sentir em forma de emoção, e que você tem de fazer o trabalho de tradução dessa informação. Celebre esse fato. Depois acione a sua capacidade de melhorar o seu humor, lembre-se da sua força, das coisas boas que permanecem na sua vida. Isso não resolve o seu problema, mas coloca-o num estado de espírito capacitador. Envolvido nesse espírito caminhe para onde pretende chegar, alcançar ou conquistar.
VOCÊ NÃO NECESSITA DE TER TUDO O QUE PRETENDE PARA SER FELIZ
Quando focamos a nossa felicidade no futuro, em algo que queremos alcançar para sermos verdadeiramente felizes, podemos entrar num caminho tortuoso e miserável. “Só vou ser feliz quando tiver a casa dos meus sonhos.” Neste exemplo, a pessoa faz uma afirmação absolutista ancorada a um objetivo específico, colocando todas as outras áreas da sua vida em segundo plano. Coloca um filtro extremamente redutor, quer em termos temporais, quer em termos de outros objetivos alcançados ou prazeres experienciados. Nesse meio tempo, é usual a pessoa sentir-se miserável porque a casa onde vive não cumpre os padrões pretendidos. Se este tipo de pensamento for sendo aplicado ao longo do tempo e generalizado a outros objetivos que a pessoa se proponha, a obsessão instala-se e a felicidade é afetada negativamente.
Cuidado com este ciclo de pensamento a que podemos chamar de armadilha da felicidade. Mesmo que a pessoa atinja os seus objetivos, por exemplo, compre a casa dos seus sonhos ou ganhe mais dinheiro, rapidamente se propõe a outros objetivos e encontrará novos motivos para continuar infeliz e a sentir-se miserável. Ainda que seja saudável e benéfico traçar objetivos e propor-nos a novos desafios que possam gerar bem-estar e contribuir para a nossa felicidade, é contraproducente colocar a totalidade da nossa satisfação de vida na obtenção de um resultado específico.
DEIXE DE FOCAR A SUA ATENÇÃO APENAS NAQUILO QUE VAI MAL
Aquilo em que focamos a nossa atenção expande-se. Se você desenvolveu um filtro demasiado afunilado para tudo o que possa estar mal, para os erros e fracassos, para os seus e os dos outros, certamente está a ser alvo de estímulos negativos. Não quero passar a mensagem que não devemos prestar atenção para aquilo que não está bem na nossa vida, ou que não devemos analisar os erros que cometemos. Ter consciência do que acontece de negativo na nossa vida pode ser vantajoso. No entanto, não deveremos ficar presos apenas nos cenários negativos. O que importa fazer é analisar o que precisa de ser melhorado, reparado ou aprendido e depois orientar a atenção e recursos para a construção de uma solução. Ficar a ruminar nos erros ou nas coisas ruins, alimentar tudo isso e desenvolver uma crítica negativa destruidora, nada de bom trás à pessoa que desenvolve essa forma perniciosa de olhar a vida.
LIBERTE-SE DA AUTOCRÍTICA NEGATIVA
Esta é uma armadilha que é fácil cair, porque nós facilmente associamos o nosso comportamento com a nossa identidade pessoal. Na posse de alguns comportamentos que nos podem ter conduzido à situação crítica, e exacerbado pelos sentimentos negativos presentes, tendemos a construir um diálogo interno autocrítico. A autossabotagem promove o stress e este não só corrói os nossos recursos emocionais, como também tem uma influência negativa sobre a forma como nos conduzimos e a maneira como reagimos aos outros e até mesmo aos nossos comportamentos e ações. Se quando nos encontramos numa fase critica da nossa vida queremos que os outros nos deem o benefício da dúvida e resistam à tentação de nos julgar, não devemos estar dispostos a fazer o mesmo?
Monitorize o seu diálogo interno, não se deixe ser demasiado duro consigo. Seja o seu principal aliado. Tente não culpabilizar-se, mas sim responsabilizar-se pelas ações que possam melhorar o estado em que se encontra. Se a sua voz crítica negativa ecoa na sua cabeça, orientando os seus pensamentos de forma destrutiva promovendo sentimentos negativos, certamente não o ajudará em nada. É primordial que reoriente essa voz, de forma a que o possa capacitar para a ação. E igualmente para a procura de soluções que possam fazer com que se sinta melhor.
NÃO FIQUE PRESO NO SEU PASSADO
Muitas das coisas que estão na origem do nosso sofrimento emocional não são visíveis a olho nu. Mágoas e cicatrizes invisíveis oriundas de decepções acerca de nós mesmos e dos outros podem levar a questionarmos as escolhas passadas, fazendo questões como: “porquê”, “Porque não”, “Porque é que eu não”, e “Se pelo menos”, “Estas coisas só acontecem comigo.” Apesar do fato de percebermos que nada pode mudar o passado (os acontecimentos vividos), às vezes parece quase impossível “ultrapassar” esses sentimentos dolorosos de oportunidades perdidas, chances falhadas, escolhas ruins, amizades e relacionamentos quebrados e irrecuperáveis. O profundo sentimento de perdas e desilusões, promovem a dúvida acerca das capacidades para superar o problema.
Ainda que não seja possível mudar e/ou apagar os acontecimentos dolorosos vividos no passado, é possível reinterpretar a dor e a perda de forma a libertarmo-nos da mágoa. Apesar de não podermos alterar o que aconteceu, é possível reinterpretar esses acontecimentos de forma a que possamos aceitá-los, percebê-los e superá-los. Ao entrar neste processo de superação de situações consideradas traumáticas ou angustiantes, você deixa de ser refém do seu passado menos bem conseguido.
MUDE O QUE PRECISA DE SER MUDADO
Ganhar uma noção clara do que se quer mudar é o primeiro passo a ser dado. Quer mudar um hábito de vida que tem vindo a comprovar-se como prejudicial? Quer mudar a sua forma de relacionar-se com o seu parceiro? Quer deixar de fumar? Quer passar a fazer reciclagem do lixo? Quer passar a estudar um pouco todos os dias? Quer iniciar uma poupança? Primeiro certifique-se do que pretende mudar. Em seguida questione-se acerca das razões que o levam a querer mudar. Qual o significado que essa mudança vai ter na sua vida, no seu dia a dia, na sua relação consigo mesmo, com os outros e com o mundo? Quem vai beneficiar? Você, a sua família, os seus amigos, o seu vizinho, o seu patrão, a comunidade?
Para que a mudança possa ser efetiva e duradoura, fique bem ciente dos seus motivos, eles são um forte gatilho para a ação. Saber os motivos da sua mudança irá alimentar a sua atitude e impulsionam-no a fazer coisas que facilitam a obtenção daquilo que deseja alcançar.
PROMOVA A SUA MOTIVAÇÃO
Como referi anteriormente, saber os motivos pelos quais pretende fazer a sua mudança é um fator preponderante no caminho do sucesso. Quando nos sentimos desmotivados, sentimos menos energia, sentimos menos conexão ao objetivo traçado. Podemos até mesmo sentir dúvidas se conseguiremos alcançar aquilo a que nos propusemos. Evidentemente que num estado psicológico abatido ficamos numa situação desvantajosa. Se no seu caminho de mudança se debate com a desmotivação, pare. Pare tudo por momentos. Pare o tempo suficiente para reavaliar os seus motivos, consciencialize-se do que quer mudar, porque quer mudar e quando quer, refresque a sua memória, visualize os seus motivos e o quão pretende alcançar o resultado que a sua mudança irá proporcionar.
FAÇA VALER O SEU QUERER
http://www.escolapsicologia.com/voce-quer-dar-um-empurrao-na-sua-vida/Imagine, idealize e perspective o seu querer,
Lapide-o, passe-o a pano, dê-lhe lustre,
Olhe para o seu querer, e perceba que foi forjado nos seus valores, objetivos e significados de vida mais profundos,
Não é um querer qualquer, não me refiro ao querer ter isto ou aquilo,
Refiro-me ao querer seguir as suas palavras,
Querer seguir a educação que teve, e se esta não lhe serve, querer melhorá-la,
Se quer ser mais compassivo, mais empático e simpático, seja,
Faça valer o ser querer, sempre que quiser ser mais otimista,
sempre que quiser olhar o lado bom da vida, olhe,
Sempre que quiser mudar a sua opinião, porque aprendeu com a sua experiência, mude,
Se que ser melhor humorado, ser mais contente e construtivo nas suas palavras, seja,
Faça valer o seu querer quando quiser apoiar a sua opinião, quando quiser rumar contra a maré, quando quiser dizer não ao preconceito,
Quando quiser dizer sim à igualdade de género,
Quando quiser dizer não ao racismo,
Quando quiser dizer “gosto de você,
Diga tudo isso com toda a sua convicção,
Diga porque você pode,
Você pode ser mais assertivo, mais carinhoso, mais recetivo às opiniões do outros,
Claro que você pode, se você quiser fazer valer o seu querer,
Você pode melhorar o seu estado abatido, a sua desesperança e falta de motivação,
Sim pode, se fizer valer o seu querer,
Você, eu e os outros, somos todos “aquele” que pode, quando queremos fazer valer o nosso querer,
Queira aquilo que você quer e faça por isso.
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